Este fim de semana na Notícias Magazine


619.000 é o numero de desempregados em Portugal, segundo o relatório do INE de Fevereiro. 63.800 era o numero de licenciados portugueses no desemprego em 2010 segundo a mesma fonte. 8,48 horas é quanto os portugueses trabalham por dia. É o país europeu onde mais horas se trabalha segundo a OCDE. 11,1% era a taxa de desemprego em Portugal registada em Janeiro deste ano. 22% da população portuguesa é contratada a praso segundo dados do Eurostat relativos a 2009.



Tudo isto nos vai pôr bem dispostos para este fim-de-semana.

Anda tudo maluco.




Leio hoje no "Público" uma notícia sobre algumas situações dramáticas em que alguns habitantes da cidade do Porto enfrentam na procura de uma casa social. Entre os vários pedidos encontra-se o "João" que perdeu o emprego e a parca reforma de invalidez não lhe permite pagar a renda do T2 que partilha com a mulher doente e uma criança de 11 anos. Outro caso é de uma senhora vítima de violência doméstica durante três anos documentada pelo tribunal e não aguenta pagar 150 euros por mês num apartamento partilhado por cinco estudantes.A vereadora da "Domus Social" empresa que gere as habitações sociais da Câmara, defende-se dizendo que a missão da empresa é tratar do parque habitacional, não estando dentro das suas competências a acção social. Estes são alguns dos muitos casos que assolam a região do Norte do país que vive a braços com uma crise profunda e acentuada, que disfarçou aqui e ali sem nunca ter tido a coragem para a resolver.



Por outro lado a falta de meios e dinheiros para fazer face ao mais elementar direito de cada cidadão ter um tecto onde possa viver condignamente tem como expoente máximo na Câmara de Matosinhos. Como explicar às pessoas que mendigam por uma casa, que mendigam por emprego, que mendigam por melhores condições de vida, quando Matosinhos se prepara para adquirir por mais de 6 milhões de euros os estádios do Leça e do Leixões. Como explicar ao povo do Norte primeiro e aos senhores da "Troika" que andamos de chapéu na mão na Europa a pedir dinheiro para salvar aquilo que não merce ser salvo?

Porque o PORTO é isto!

Porque o Porto é isto,
Conquistar o incerto num imprevisto,
E numa força inexplicável que sai de dentro de nós,
O Porto é isto, saber que na vitória nunca estamos sós.

Porque o Porto é isto, este misto de emoções,
E em todos os minutos une-se a voz aos corações,
De quem sofre e vive a paixão de sentir um Mundo diferente,
O Porto é isto, e por mais que tente, só sabe isto quem o sente.

Porque o Porto é isto, chorar de alegria sem vontade de parar,
Pensar que pelo menos aqui há uma voz que ninguém pode calar,
E jurar que a magia que me envolve e acompanha para onde quer que eu vá,
O Porto é isto, querer estar sempre aqui e não do lado de lá.

Porque o Porto é isto, um orgulho sem fim,
E ao esgotar a voz saber que aqui está grande parte de mim,
E sorrir ao adormecer, a pensar na felicidade dos momentos que vivi,
O Porto é isto, nascer crescer viver e morrer, sempre bem perto de ti!


André Sousa Machado // 21 de Abril de 2011

Medo do Escuro


Num País cada vez mais escuro e cinzento, onde as autoridades e instituições fecham a porta e apagam a Luz, é importante ultrapassarmos as barreiras, excedermos as expectativas, e reinventarmos a nossa forma de vida. Num País cada vez mais pobre, mais fraco, mais velho e mais estático, perder o medo será o principio de tudo aquilo que até hoje não temos. E aproveitando o melhor que o futebol nos pode dar, eu cá sou daqueles que há muito perdi o verdadeiro "medo do escuro".

Respirar vai ser, certamente, mais caro

Desde sempre que as tributações têm sido alvo de uma atenção especial de minha parte, mas agora sinto-me incapaz de registar todos os atentados ao mínimo e capaz sentido lógico das avaliações práticas e da forma como o Ministério das Finanças efectua a tributação.
Segundo o DE, a agua oxigenada será alvo de tributação a 23% e não a 6% como estava definido anteriormente. Todos nós sabemos que até respirar irá ser mais caro, segundo esta nova conjectura. económica, e com a entrada do FMI Mas pergunto-me, será o oxigénio assim tão dispendioso que a sua inclusão neste simples H20 represente 17% de acréscimo? Será a Saúde um tema a abordar na pasta "Bens de Luxo"? Não me parece que existam demasiados fins para este bem  de consumo que justifiquem tamanha alteração. Mas lanço aqui o repto, com esta alteração, teremos certamente um decréscimo dos índices de beleza... Porque ainda há quem julga que o loiro artificial está e estará na moda...

Alemanha sempre ela

Leio hoje no jornal "Público" uma notícia onde é afirmado que um grupo alemão pediu uma providência cautelar no tribunal constitucional da Alemanha no sentido de impedir que o país se envolva na ajuda financeira internacional a Portugal. Eu francamente com a quantidade de asneiras que andamos estes anos a fazer possivelmente faria o mesmo. Ele eram auto estradas, aeroportos, e um chorrilho de invenções que sabe Deus onde acaba. Não querendo fazer deste blog um local sinistro, venho dar uma excelente notícia e contribuir para que este grupo liderado pelo senhor Markkus Kerber curiosamente líder de um grupo chamado de "Europolis", possa mudar de opinião. Então a minha sugestão é a seguinte:

1º Acabem com a procura de culpados no subornos dos submarinos comprados à Ferrostaal (espera aí é uma empresa alemã)

2º Avancem com força com o TGV e comprem o material circulante à Siemens (não tenho a certeza, mas parece-me que também são alemães)

Vão ver que os Markkus desta vida emprestam logo os euros que tanto precisamos.

FMI em Portugal


O "Diário de Notícias" faz hoje capa com duas declarações dos principais líderes do PS e do PSD. "É preciso dar este passo. Não tomar esta decisão acarretaria riscos que o País não deve correr", José Sócrates.


"Este pedido de ajuda faz-se para que os portugueses vivam com menos angústia", Pedro Passos Coelho.


Por outro lado o jornal "i" , afirma que a imagem que a Grécia transmite depois da entrada do FMI é desoladora, cerca de 10% da população (cerca de 1.000.000 de gregos) está desempregada e os mais velhos fugiram para os campos para sobreviverem aos cortes das pensões.


Existe alguma coisa aqui que não consigo compreender. Se calhar sou o único português a achar que estas declarações são contraditórias.


Existe pelo menos uma coisa que me deixa um pouquinho que me leva a pensar! Uma sondagem da "Universidade Católica", castiga o "PS" pelos maus tratos aos portugueses e castiga ao mesmo tempo o "PSD" não lhe dando uma margem confortável. Presumo eu que por ser uma sondagem da "Católica" tenha aqui existido intervenção divina. Lá vai Deus escrevendo direito por linhas tortas.

Bendito país este

Muito se tem falado do mais que provável pedido de ajuda de Portugal ao FMI ou como está na moda pedir ao FEEF. Num Portugal que deve a tudo e a todos não será difícil a um qualquer quadro do FMI começar a poupar uns cobres começando a cortar na gordura do estado. Tem sido muito comentado o facto do último Pec ter merecido o chumbo por entre outras coisas, ir ao bolso dos pensionistas. Ora segundo uma notícia do "Correio da Manhã" 395 políticos portugueses usufruem de uma pensão mensal vitalícia em média de dois mil euros. Estas pensões vitalícias são acumuláveis com pensões de reforma e salários no sector privado. De realçar o facto que por exemplo para os deputados da nação os limites de idade não contam. Basta que tenham 12 anos como deputado para que ususfruam de imediato uma pensão no valor de 1.831 euros por mês. Caso tenham a "honra" de permanecer 20 na assembleia da república essa pensão sobe para uns míseros 3.052 euros por mês. As pensões vitalícias não exigem uma idade mínima para quem as recebe. No caso de um pedreiro por exemplo a reforma completa dá-se aos 65 anos mais sete meses, já no caso de um deputado (profissão de desgaste rápido) a pensão pode-se dar por exemplo aos 35 anos.

Nestes asuntos de pensões vitalícias nenhum partido tem as mãos limpas. Com toda a certeza que é com esta noção de justiça que cada vez me convencem mais que o destino do país não pode estar na mão destes políticos.

Uma Luz as escuras



Foi com espanto que ontem assisti a um apagão que em muito me fez lembrar os estádios portugueses na década de 80. Nesse tempo, o gerador não aguentava e os jogos em alguns estádios deste País eram interrompidos. Há quem tenha assistido, do banco de suplentes, a estes cenários vezes sem conta e talvez por  isso possa dar uma ajuda a mudar o disjuntor... Desta vez, a questão centrou-se na complexidade que os sistemas eléctricos hoje possuem, muitos deles relacionados com relógios que coordenam o tempo dos automatismos. E há "automatismos" que não aguentam. Inédito mesmo só o facto de o FCP ter conseguido apagar a Luz e inundado a capital. Numa altura de crise económica profunda, o que assisti ontem revela que há celebrações que não incluem rótulos, onde se juntam pobres e ricos, altos e baixos, magros e gordos. Pena que os infelizes não se queiram juntar à festa. Sinal dos tempos...