Férias

Hoje dei comigo a pensar como as redes sociais podem ter um efeito preverso na vida das pessoas. Como é óbvio só lá está quem quer. Vem isto a respeito sobre a informação que lá colocamos de âmbito mais pessoal. Lidámos todos os dias com conhecidos, colegas de trabalho, com amigos, familiares que devido ao estado em que o País está mergulhado, encontraram o caminho do desemprego, das dificuldades, do andar a procurar algo que os sustente. Ainda hoje um jornal diário relatava que não eram só os sem abrigo que recorriam à ajuda alimentar que algumas instituíções distribuem todos os dias à noite pelas ruas das grandes cidades, começa a encontrar-se famílias que sem dinheiro para fazer face às despesas no supermercado recorrem a esta soluão para "matar" a fome envergonhada. Com tanta gente em dificuldades neste retângulo de terra chamado Portugal existem pessoas que com todo o direito e com poder de compra não se coíbem de passar umas merecidas férias. A questão está se será que se lembram das dificuldades que o colega ao lado está a passar? Ou porventura alguma vez se deu ao trabalho e reparar que o colega (amigo, conhecido etc...) com que trabalhamos anda um pouco mais triste, mais desarranjado ou até no limite mais magro. Considero que se me encontrasse numa situação de alguma dificuldade e ainda tivesse dinheiro para aceder à Internet nem que fosse num quiosque possívelmente as fotos de viagens de férias ao Médio Oriente, Àsia ou Caraíbas deste grupo de indivíduos não me deixariam em bom estado. Num tempo em que as dificuldades são tantas fazer férias em destinos exóticos é quase um pecado. Soa quase como comer uma lagosta num restaurante e junto à janela algué estar a vasculhar no contentor do lixo algo para comer.

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