O perigo das redes sociais

Hoje em dia usamos e abusamos das redes sociais. O Mundo que conhecemos em que éramos exclusivamente receptores de informação, alterou-se e cada um de nós passou também a ter o poder de emitir opinião, fotos, vídeos etc... para uma comunidade cada vez mais alargada, onde o difícil é percebermos, face ao que pesquisamos e aquilo que nos é impingido o que realmente é verdade e o que é mentira. São inúmeros os casos de conteúdos que de verdade, muito pouco têm.e Em boa verdade aceitámos de bom grado (muitas vezes agimos sem pensar) que ao descarregarmos uma aplicação, que essa aplicação tenha permissões para saber a sua localização, possa fazer chamadas, possa ler mensagens, possa ver as suas fotos e fazemos isto de ânimo leve. Quase sem repararmos, se alguém está a efetuar um questionário na rua e nos pede o nosso e-mail, possivelmente, vamos gentilmente recusar. Como se isto por si só não bastasse, o efeito que estas "redes" têm sobre nós é devastador. Este vídeo dá que pensar. Bom 2018 para todos. https://www.youtube.com/watch?v=paVF4GcJCbk

Resiliência

Vivemos num Mundo deveras competitivo. Os pais começam desde tenra idade a incutir nos filhos a ideia que têm de ser os melhores nas escolas que frequentam.Caso as notas não sejam do seu agrado existe a tentação de colocarem o menino numa escola privada para que a média suba e seja um orgulho mostrarà família e aos amigos. A menina e o menino na altura do Natal colocam mais um problema aos papás.Qual será a prenda que vão receber? Tal dificuldade advém do facto de durante o ano inteiro os meninos ou as meninas irem sendo presenteados com a PlayStation,com o telefone topo de gama, etc... Anos volvidos entram no mercado de trabalho e encontram dificuldades.O mundo do trabalho não é o mundo de facilidades a que os habituamos durante o processo de crescimento. Então aqui entra no léxico dos nossos meninos a pslavra resiliência.Essa mesmo que lhes entra em casa com a mesma facilidade com que entram os antidepressivos. Os nossos meninos aprendem com maior ou menor dificuldade o que é a resiliência ao ponto de quando os pais caminham para a sua velhice, o emprego, os filhos a vida aterefada não nos deixa tempo para os pais passando semanas meses sem os viditarem. Cumprem o preceito de resiliência à risca.

Eis uma nação campeã da europa de futebol

Como explicar o sentimento de ser campeão Europeu? Como explicar vencer a final do Campeonato da Europa de Futebol em França. Como explicar a alegria incontida e reprimida por vencer um campeonato da Europa num país que é somente em termos de população o país que reúne mais emigrantes do que qualquer outra nação? O que dizer do mau perder dos franceses a quem milhares de portugueses fazem em França aquilo que eles não querem fazer? Limpar as ruas, construir as casas onde os franceses habitam, servir nos restaurantes onde eles vão refinada-mente jantar etc... Nada demais se pensarmos que os franceses sempre foram chauvinistas e tiveram sempre mau perder. Enquanto se festejava a passagem à fase seguinte com exibições que deixavam todo um povo de coração nas mãos e os meios de comunicação dava largas ás explicações dos painéis de especialistas, o país real vive debaixo de uma ameaça de sanções que a união europeia nos quer presentear por termos tido um governo que aceitou sem refilar tudo o que a senhora Merkel e os seus comparsas disseram ao governo de então para fazer e mesmo assim ultrapassámos o défice em 0,2%. Bem eu cá acho que os ingleses mandaram a senhora Merkel e o senhor Hollande à merda e pena tenho que nós nos tivéssemos vendido a uma união europeia e estejamos agora amarrados a compromissos que só prejudicam o povo. Mas somos campeões Europeus e o resto não interessa nada....

Tristeza

Com o avançar da idade, vamos tendencialmente ficando mais calmos, aparentemente mais sábios, mais ponderados e melhor preparados para enfrentar as agruras que a vida teima em nos trazer. Confesso que tenho alternado este estado de espírito, mais calmo com outro que me assola cada vez mais e que me transporta para um sofrimento imposto pela profissão. A velocidade dos dias, a pressão do dia a dia, as injustiças tantas e tantas vezes justificadas pelas palavras assertivas mas vazias de conteúdo e frias levam a que este meu estado de espírito se acentue. Por vezes o desespero chega a assolar-me a alma. Sinto-me sufocado por decisões que segundo o meu ponto de vista carregam injustiças. Sinto-me triste. Tristeza é uma coisa nada bonita. Tristeza é um estado de alma que carrego cada vez mais vezes perante a impotência de solucionar aquilo que me parece errado. Sinto que me vão faltando as forças perante um registo de decisões que se vão avolumando. Até quando vai a resistência de um ser humano? Até quando o poder económico vai subjugar os direitos das pessoas? Até quando?

Boa e Má Imprensa

Não tenho a pretensão de fazer qualquer juízo de valor sobre a vida política em Portugal e muito menos no Brasil. No entanto não passa despercebido deste lado do atlântico toda a informação acerca do governo de Dilma e a operação Lava Jato. Em Portugal, como no Brasil os "supostos" casos de corrupção envolvendo a classe política são o dia-a-dia dos órgãos de comunicação social. Tenho a maior dificuldade em aceitar que a maior parte dos membros destas classes passem impunes pela justiça que sempre tarda em ver estes casos resolvidos. A complexidade dos crimes pode ser uma explicação, mas não justifica tudo. Os crimes de "colarinho branco" são protegidos e vulgarmente prescrevem, fazendo com que a impunidade atinja o seu auge. O mundo é igual falemos nós do Brasil, de Portugal, da Alemanha etc... rico que é rico sempre arranja uma formula de passar impune traindo a confiança que os cidadãos colocam na justiça. Falando agora sobre a boa ou má imprensa, faz-me confusão agora cá em Portugal (realidade nada oculta e que melhor conheço), A forma como alguns políticos sem nada fazerem, conseguem constantemente através de um popularismo bacoco, terem uma imprensa que suporta este mesmo popularismo. O caso evidente do que se passa no Porto com a eleição de um "independente" para o município, fez dele uma vedeta, atraindo todo o tipo de imprensa e através de uma política dedicada ao folclore, aos concertos, consegue chegar ao fim de um ano e meio de mandato e não ter nenhuma promessa eleitoral cumprida. Torna-se caricato, perceber que os meios de comunicação social não vem,ou não querem ver o que se esta a passar e estendem a passadeira para dar voz ao famigerado populismo que se entranha na população. Estou em crer que a verdade virá ao de cima e mais cedo ou mais tarde irá cumprir-se uma antiga frase de um estadista americano que dizia mais ou menos isto: Uma pessoa pode enganar muita gente durante um certo tempo; pode até mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não será possível enganar pra sempre. Vamos acreditar que se vai cumprir....

Ensino para quê?

Nunca a sociedade teve acesso a tanta informação como nos dias de hoje. A proliferação de dispositivos informáticos, a vulgarização da Internet ajudaram de sobremaneira a que a informação fosse partilhada com uma velocidade veloz. Exemplos disto são os Estados Unidos onde a maioria dos jovens em concursos televisivos respondem a perguntas sobre países terceiros e sobre o seu próprio país com enganos dignos de corar qualquer um. Pode parecer contraditório num século onde por exemplo em Portugal tanto se investiu na formação, porque tínhamos uma taxa de analfabetismos alta e uma taxa de pessoas com cursos superiores também muito reduzida. Foram pedidos esforços através dos impostos a todos para que esta realidade se alterasse. Abriram-se novas Universidades, Institutos Politécnicos, novos cursos e foi um avolumar de gente a entrar pelo ensino público e privado a tentar conseguir o tão almejado canudo. O triste disto tudo é que o esforço financeiro pedido a cada um dos portugueses está a servir para alimentar países da União Europeia com jovens licenciados a um custo incomparavelmente mais baixo do que se os tivessem de formar nesses países de destino. No caso de Portugal este aparente aumento de licenciados na "causa pública" não foi capaz de trazer verdadeiros homens de estado. O país (dizem) que está melhor, mas as taxas de desemprego continua altas apesar de meio milhão de portugueses terem abandonado o país nos últimos três anos. Quem trabalha por conta de outrem, continua subjugado ao facto de existirem poucas oportunidades de emprego e aceita trabalhar 12 e 15 horas por dia para levar um salário que não chega ao fim do mês. A ditadura provocada pela democracia trouxe-nos estas ambiguidades. Caminhamos aceleradamente para uma sociedade onde as desigualdades se acentuam, onde os mais fortes exercem cada vez mais força sobre os mais fracos sem que nada nem ninguém os possa impedir.