A bota de ouro

Cristiano Ronaldo quer se goste ou não ganhou merecidamente a bola de ouro de 2013. Teve de subir ao palco onde miserávelmente se encontrava um senhor de seu nome Blatter e outro de Platini que no decorrer da votação tiveram um comportamento reprovável em relação ao CR7. Apesar de tudo Cristiano teve a sensibilidade para não os deixar de mão pendurada. Em Portugal, os oportunistas também não demoraram muito, a um certo aproveitamento, colando-se de imediato à imagem de Ronaldo apelidando-o de fenómeno e fazendo dele um exempo a seguir. Políticos de vários quadrantes não tardaram a aproveitar e nas televisões, nas rádios e nos jornais a manifestarem a atitude que deveria ser comum a todods os portugueses. Trabalho, esforço, dedicação e superação presumo que estejam reunidas as principais qualidades de Cristiano Ronaldo. Curioso é o facto de que estes não são os instrumentos para se triunfar em Portugal. A olhar para o que se lê hoje nos jornais sobre submarinos, sobre um ex ministro de teve de pagar uma caução de cinco milhões, leva-me a pensar que estes atributos que o Ronaldo tem só servem para vencer no estrangeiro. Aqui netes retângulo chamado Portugal, o compadrio, o conluio, a influência e a falta de seriedade, são argumentos mais do que suficientes para se vingar neste país.