Merda de Natal






Aproxima-se a "passos" largos, uma das festas que deveriam ser de maior partilha, união e felicidade entre as pessoas. Infelizmente temo que este Natal, seja o pior Natal de muitos anos para muita gente que se vê confrontado com uma realidade que desconhecia. O flagelo do desemprego veio para ficar e como se não bastasse atingir aqueles que dele nunca conseguiram fugir atinge também muitos quenunca pensaram chegar a esta altura do ano e ter o coração apertado, um nó na garganta por sentirem na pele o que é de fato a pobreza que tem um efeito ainda mais devastador nesta época festiva do ano. A ideia de que não temos para dar, à família, aos filhos, à mãe seja a quem for e não ter o que comprar porque o dinheiro não existe é assustadora. Pensemos todos naqueles que por vezes estão ao nosso lado e nem imaginamos o sofrimento porque passam.
Outra das coisas que mais me deixa triste no Natal é a tecnologia. Não sou bicho do mato, mas tenho saudades dos tempos em que o Natal se desejava cara a cara, abraço a abraço, beijo a beijo e podíamos perceber aquilo que ía na alma das pessoas.
Trocou-se o contato pessoal pelo telefone, depois pelo sms e finalmente pelo facebook. Tenho saudades das vozes das pessoas dos abraços e dos risos das palermices que a muitos só víamos uma vez por ano.
Estamos progressivamente a afastarmo-nos daqueles de quem gostamos e o pior é que nem damos conta disso.
Um Feliz Natal para todos vocês.

Pedido ao Pai Natal

Todos nós já tivemos oportunidade de visionar imagens de fome em África. As imagens de tão frequente que são já empederniram o nosso coração fazendo com que a maior parte das vezes mudemos de canal de página sempre que estas imagens nos passam à frente. A vulgarização destas imagens associadas ao fato de pensarmos que isto deve ser resolvido por "outros" governos incluídos, "ajuda-nos" a conviver melhor com o flagelo da fome e da miséria que grassa por este mundo fora.
Infelizmente e felizmente pode parecer contraditório, mas não é, Portugal assiste a um cenário de fome e de miséria é aqui que entra o felizmente. É que estas pragas não são tão acentuadas como em África, não merecendo porém o desdém com que muito de nós olhamos para ela, também se acentua em portugal. Começando nos políticos, passando por alguns empresários e pela maior parte de nós temos a tendência de assobiar para o lado. Este ano, não será um Natal Feliz para muitos portugueses. Pior ainda a maior parte deles não contribuiu em nada para estar na situação em que se encontram.
Encontro na empresa onde trabalho algumas pessoas que não nesta altura, mas durante todo o ano dedicam parte do seu tempo a ajudar aqueles que mais precisam. São pessoas fantásticas. São exatamente aquele tipo de pessoas que aqueles mais endinheirados pagavam para as terem como amiga(os). Felizmente esta gente não tem preço. 
Assim não peço, imploro,suplico a cada um de nós que este Natal seja mais fraterno com aqueles que esquecemos durante todo o ano. Tornemos este Natal um pouco menos sofrível para aqueles que sem culpa se viram atirados para uma situação de desespero. Façam disto o vosso presente de Natal.