O que antes Mexia...



O presidente da EDP, António Mexia, considera que “em Portugal temos uma pobreza intelectual quando nos manifestamos de forma fácil e insidiosa a criticar tudo o que foi feito e a querer voltar ao ponto de partida”. Ao Jornal de Negócios, o líder da EDP afirmou ainda que "existe hoje uma enorme demagogia sobre os preços da energia”. Demagogia a parte, gostava de saber se alguém se oferece para pagar a minha factura "energética" deste mês...

Porquê?


A profissão que tenho permite-me falar(e como eu falo) com muita gente. De amigos, passando por conhecidos e acabando em "amigos" de circunstância, em todos eles encontro um denominador comum. Ninguém está satisfeito com o seu emprego. Dei comigo a pensar que fui feliz no trabalho que exercia e nem dava conta disso. Como eu muitas das pessoas que tenho o privilégio de falar todos os dias.


O que nos aconteceu? Como nos deixamos embriagar ao ponto de chegarmos a um ponto de quase não retorno? Como é possível que a corrida desenfreada por um salário melhor que nos permita o acesso a mais e melhores coisas, tenha de um modo geral como consequência uma maior insatisfação quer a nível pessoal quer a nível profissional? Como é possível que quanto mais temos (hoje temos mais conforto, televisões, leitores de DVD`s, máquinas de fazer sumos que nunca utilizamos, um computador de secretária e um portátil etc...) mais insatisfeitos nos sentimos. Vivemos num mundo em que nos é induzida a necessidade de ter. Esta sofreguidão por mais e melhor revela-se de facto a fonte de uma cada vez maior insatisfação. Queremos ter tudo e não temos nada.

Superavit histórico



Vai ser anunciado pelo governo português os resultados da receita fiscal até ao final do mês de fevereiro que se cifraram por um aumento histórico de 11,1% ultrapassando assim as estimativas mais otimistas do governo. Fico a aguardar o estudo (pode ser até ao final do mês de Abril) do resultado da receita nos bolsos dos portugueses especialmente daqueles que mais necessitam. Parece-me que o resultado não será assim tão positivo pois não?

Pedidos de casamento


Conheço milhares de portuguesas que querem ser mulheres de ministros. Veja aqui porquê.

Os portugueses não merecem isto



Leio hoje no "Jornal de Notícias" que Fátima Felgueiras já só tem de explicar o que fez a 177 euros. Dos 26 crimes que inicialmente foi acusada só resta um e mesmo esse corre o risco de prescrever. Por este caminho cheira-me que ainda vamos ter de a indeminizar.

Num outro jornal, desta vez o "Diário Económico", publica um artigo onde é referido que as empresas vão ser obrigadas a descontar até 1% do salário do trabalhador a fim de financiar o fundo de despedimentos que o governo quer criar. Ora se bem percebo, parte do meu salário irá subsidiar o meu futuro despedimento.

Não sei se eleições futuras podem trazer algo de bom para o País. Mas uma coisa eu sei, esta gente está a fazer-lhe muito mal.

O Mundo há-de mudar....



Hoje tive a grata felicidade de poder ter para mim uma hora de conversa com um ilustre amigo. Amigo esse que me encheu de esperança quanto ao futuro que por aí vem. Palavras sábias de quem já muito calcorreou a estrada da vida e que continua a fazer a diferença. Dizia--me ele que o estado do País e das pessoas que o compõem irá mudar, e mudará mais depressa do que imagino. Explicava ele, que o processo de democratização (instrumentalizado bem sabemos) dos países árabes era impensável para a maioria dos fazedores de opinião. Continuava dizendo-me que a maior economia do Mundo está com a sociedade corroída, por uma economia em clara perda, a perder influência, dominada cada vez mais por uma China que ameaça tudo e todos, ameaçada pelos actos tresloucados dos americanos, por crianças que levam armas de casa e disparam sobre os colegas de escola, por uma sociedade em que os valores se perdem a uma velocidade desenfreada. Às tantas, dizia-me que a sociedade em que vivemos tem a particularidade de nos ir convencendo que as máquinas vão-nos proporcionar uma maior qualidade de vida e vivemos escravizados por elas, que iremos viver mais tempo e vivemos mal o tempo que temos, que teremos melhores condições no local de trabalho e o consumo de anti depressivos não para de aumentar. Um dia, dizia-me ele o homem vai ter de se reinventar e procurar um sentido para a vida. Espero que esse dia não esteja longe.