Mea Culpa

Acho de louvar este auto-retrato, feito por um eleitor do nosso País, no que às suas convicções  políticas diz respeito. Gostaria porém de perceber se o mesmo não deveria ser feito. Gostaria também, quem sabe um dia, de ler, ver ou ouvir qualquer tipo de "mea culpa" feito por um qualquer membro deste Governo. Um simples... "Eu errei!". Existe uma falta de maturidade e humildade política atroz, que se dispersa pelos mais variadíssimos órgãos de gestão. A culpa será sempre do mercado, da conjectura, da moeda, da procura, da mão-de-obra, da escassez de recursos, do preço da electricidade, da poluição dos combustíveis fosseis, do contra vapor da concorrência, da falta de competitividade, da inexistência de formação adequada... do amigo imaginário. Talvez, quando percebermos que a culpa estará sempre na inoperância ou na falta de alocação de recursos que despoleta um défice cognitivo, e que nunca vem só, possamos, em sede própria perceber que o holograma nunca nos substituirá. Errar é humano. Perdoar será mundano. Um político, segundo o modelo praticado, nunca será mundano e jamais humano.

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