Dizer mal

Era inevitável. Tentei resistir à tentação de não escrever uma única linha sobre o Carlos Castro, mas confesso que perante o chorrilho de comentários que tenho assistido (hoje na RTP1 falou o detective do Carlos Castro). Não sou dado a excessos (tirando a comida). Os excessos sejam eles quais forem dão sempre mau resultado. Conheço algumas pessoas que têm uma orientação sexual diferente da minha e nem por isso merecem de minha parte um tratamento diferente ao que presto aos heterosexuais. São pessoas normalíssimas que não andam de bicos de pés, em paradas, ou em exibicionismos baratos. São o que são, e a vida é deles. Não me parece que fosse esse o caso que tristemente acabou como acabou. Não me parece também que a personagem em questão fosse também uma pessoa consensual. O que me parece e isso sim é que algumas vozes, tentam atravês de um crime bárbaro fazer disto uma ofensa particular aos homossexuais, não permitindo que este ou aquele discordem ou façam comentários sobre o cariz sexual da vítima. A bem da liberdade de expressão que esta gente proclama, apetece-me dizer que tudo é permitido em Portugal. É permitido dizer mal do governo, da oposição,é permitido dizer mal da sogra, é permitido dizer mal do colega de trabalho, diz-se mal de tudo e de todos. Mas não se pode dizer mal dos homosexuais, porque aí é discriminação.

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