Anda tudo maluco.




Leio hoje no "Público" uma notícia sobre algumas situações dramáticas em que alguns habitantes da cidade do Porto enfrentam na procura de uma casa social. Entre os vários pedidos encontra-se o "João" que perdeu o emprego e a parca reforma de invalidez não lhe permite pagar a renda do T2 que partilha com a mulher doente e uma criança de 11 anos. Outro caso é de uma senhora vítima de violência doméstica durante três anos documentada pelo tribunal e não aguenta pagar 150 euros por mês num apartamento partilhado por cinco estudantes.A vereadora da "Domus Social" empresa que gere as habitações sociais da Câmara, defende-se dizendo que a missão da empresa é tratar do parque habitacional, não estando dentro das suas competências a acção social. Estes são alguns dos muitos casos que assolam a região do Norte do país que vive a braços com uma crise profunda e acentuada, que disfarçou aqui e ali sem nunca ter tido a coragem para a resolver.



Por outro lado a falta de meios e dinheiros para fazer face ao mais elementar direito de cada cidadão ter um tecto onde possa viver condignamente tem como expoente máximo na Câmara de Matosinhos. Como explicar às pessoas que mendigam por uma casa, que mendigam por emprego, que mendigam por melhores condições de vida, quando Matosinhos se prepara para adquirir por mais de 6 milhões de euros os estádios do Leça e do Leixões. Como explicar ao povo do Norte primeiro e aos senhores da "Troika" que andamos de chapéu na mão na Europa a pedir dinheiro para salvar aquilo que não merce ser salvo?

1 comentário:

  1. Aqui, no Porto, também critico o despesismo de dinheiros públicos do Governo Civil no Porto na organização da homenagem ao FC Porto. Este dinheiro tão mal gasto faria falta para resolver os problemas sociais dos portuenses e do distrito.

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