Vão pedir sacríficios ao raio que os parta




Tenho o hábito matinal de ouvir a TSF. Hoje um dos temas era o corte na taxa social única vulgarmente apelidada de TSU. Trata-se de uma taxa que a entidade patronal paga à segurança social por cada trabalhador e que vai servir para que as pensões possam ser pagas, os hospitais possam funcionar etc...




A redução desta taxa irá ser compensada nos cofres do estado por um aumento da taxa intercalar do IVA de alguns produtos e que passarão para a taxa máxima. Neste caso não está garantido que só esta movimentação possa cobrir a quebra de receita originada pela redução da TSU, existindo a hipótese de se aumentar o valor da taxa máxima de 23% sabe-se lá para quanto. Concordo com tudo o que possa minorar o custo do trabalho e tornar as empresas mais competitivas, sem que isso prejudique o mais elementar direito de quem trabalha.




Vem isto a troco de uma notícia publicada hoje num diário em que é revelado algumas curiosidades do anterior executivo. Na secretaria das obras públicas e transportes um motorista era remunerado pela quantia de 4.157euros mensais. Outro motorista com 21 anos de idade decerto muito expoeriente na arte de conduzir ganhava 1.800 euros por mês. Em Março de 2011 op ex secretário de estado da energia encomendou uma viatura no valor de cuja renda mensal é de 2.299 euros por mês e tem o custo de 95.000 euros que todos nós vamos pagar.




Perante isto como é possível pedirem sacríficios aos portugueses? Como se sentem as pessoas a quem é negado um aumento na sua pensão de reforma e são confrontadas com este tipo de despesismo.




Depois admirem-se que em Inglaterra fenómenos como os que estão a acontecer possam espalhar-se por outros países.

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