Censura

Tive o privilégio de conhecer o Bispo D. Januário Torgal Ferreira numa das poucas deslocações que fiz ao santuário de Fátima já lá vão uns bons anos. Apresentado por um "irmão" meu que é padre, desde logo me impressionou o fato de estar perante um bispo, que despiu a " farda" e me colocou perfeitamente á vontade sem aquela distância que alguns bispos teimam em manter dos seus fieis.
Não me surpreende em nada as afirmações de D. Januário Torgal à TVI visando o governo e apelidando alguns dos seus membros de corruptos. O passado bem mais do que recente dão-lhe toda a razão. Também não me espanta a reação do ministro da defesa. O passado também ele fala por si. O poder nunca conviveu bem com a Igreja sempre que algum dos seus menbros despiu a farda e falou como cidadão preocupado e atento perante as dificuldades que o povo português passa. Foi assim com bispo António Ferreira Gomes, com o bispo emérito de Setúbal D. Manuel Martins. Como já não bastasse um voto de castidade, os  governos entendem que a igreja deve também o voto de silêncio perante todas as injustiças. Vivemos tempos em que a desinformação, as notícias encomendadas, já não conseguem mascarar a miséria que o povo português foi remetido.
Sobra a D. Januário o que falta em política ao Porto. Uma voz, um líder que se faça ouvir e que fielmente represente as gentes do Norte do País. Não é á toa que o D. Januário é um homem do Porto. Que nunca lhe doa a voz.

Sem comentários:

Enviar um comentário