Os emigrantes e as férias de Verão

Tenho um profundo respeito por todos aqueles que na impossibilidade de conseguirem sustentar a sua família, neste cada vez mais triste País, se vejam na obrigação de procurar outras paragens para proporcionar a dignidade mínima que cada família tem direito. O final dos anos 60 e príncipios dos anos 70 em Portugal, foram anos de intensa emigração povoando os portugueses os 4 cantos do Mundo para fazer face à miséria, ou para fugirem a uma guerra injusta que se perpetuou por um Estado fechado sobre si próprio. No início do século XXI eis que os nossos governantes apelam de novo aos portugueses para emigrarem. Estes portugueses já mais qualificados, formados e investindo Portugal na sua educação estão assim "obrigados" a partilhar com utros povos a educação paga pelos povo português e que este país tanta falta dela tem. Mas não é sobre esta última geração de emigrantes que possívelmente e se tiverem juízo não voltam a este país deprimido, triste e sem soluções de fututro para lhes oferecer. Falo sim de alguns emigrantes que são filhos dos emigrantes da primeira geração e que aproveitam as festas na terra para se pavonearem na sua aldeia Natal. O comportamento insuportável por parte de alguns faz com que o termo emigrante seja normalmente mal conotado entre os portugueses. Eles apresentam-se com grandes carros, ocupam os restaurantes a falar francês, como se não tivessem efetuado milhares de kms e ainda estivessem no seu país de acolhimento. Esta presunção, fica-lhes mal. Parecem donos da aldeia, lugar ou vila de onde são originários.Comportam-se como seres superiores, banalizando quem está nessa altura a trabalhar. Nos hipermercados é um chinfrim provocado por uma vozearia em francês para com os seus congêneres como se estivessem num mercado a apregoar. Nos restaurantes não conseguem estar sentados nem conseguem esconder a ostentação provocando aqueles que arduamente trabalham cá em Portugal. Nos espaços públicos (piscinas) é como se a piscina fosse deles e não tivessem de respeitar a mais elementar da boa educação. Não serão todos assim. Felizmente ainda existem alguns que não se esqueceram quem eram antes de partir. Felizmente ainda existem emigrantes com respeito pelos outros e que sabem estar. O pior são os outros. E os outros são francamente maus.

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