O que cresce em Portugal? o Desemprego.

A taxa de desemprego em Portugal voltou a subir em Julho, para 11 por cento, o que constitui um novo máximo histórico, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Este valor oficial do desemprego, que é ajustado dos efeitos de sazonalidade, representa uma subida de 0,2 pontos percentuais face aos 10,8 por cento de Junho e aumenta ainda mais o diferencial nacional face às médias da zona euro e da EU, que se mantiveram estáveis em respectivamente 10,0 e 9,6 por cento, conforme faz referência hoje o Jornal O Público. Em sinal oposto encontra-se o motor económico europeu, a Alemanha. Segundo o Jornal de Negócios, dados hoje divulgados pela agência federal do Trabalho, deste País o universo de número de pessoas que procura e não encontra emprego sofreu uma redução de 17 mil em Agosto, cifrando-se em 3,19 milhões. Agosto converteu-se, assim, no 14º mês consecutivo de redução do número de desempregados na Alemanha. A taxa de desemprego permaneceu, no entanto, inalterada em 7,6% da população activa. Deste assunto posso eu falar e bem, uma vez que faço parte das estatísticas. Vivemos verdadeiramente tempos de crise, no que a este assunto se refere. E a crise estende-se e irá se manifestar ainda mais, uma vez que as medidas de subsídio, fundamentais num desemprego que hoje já é admitido como estrutural e não conjuntural, são cada vez mais apertadas e os cortes são um futuro bem próximo. E eu pergunto, com que direito e com que falta de vergonha se manifesta um Governo contra aqueles que até aqui pagaram os seus impostos e descontaram do seu vencimento tudo aquilo que havia para descontar e agora, numa situação de aperto financeiro e psicológico, sentem uma injustiça tamanha na pele, onde a pressão para a retirada de direitos anteriormente pagos, e repito, PAGOS, é sufocante. É verdadeiramente um estado do "pagues e não bufes" e do "fazemos com o dinheiro dos cidadãos o que queremos e ninguém tem nada a ver com isso". Sinto-me, com o passar dos anos, cada vez mais português. Mas sinto, com o passar dos anos, uma vergonha tamanha por ter a frente do meu País, gente incapaz, que não se revê nas funções para os quais foram eleitos. É por isso tempo de reflexão...

2 comentários:

  1. Com o PSD no governo seria 18 ou mais...como em Espanha.

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  2. Talvez. Não digo nem que não nem que sim. Trata-se apenas de uma suposição. E no campo das suposições tudo pode surrealmente acontecer...

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