A crise financeira chegou ao Futebol Internacional

Conforme adianta hoje o Jornal O Público, o mercado internacional de transferências está em crise e sofreu este ano um decréscimo significativo. 
Portugal não se distingue apenas por ser um país importador, tendo a trabalhar, entre jogadores e treinadores, 233 profissionais de futebol espalhados por 26 países europeus. E não são descabidos os mais de 100 milhões de euros de divisas que os clubes portugueses garantiram para Portugal com a transferência de jogadores. Não sendo o maior negócio, longe disso, o mais surpreendente acabou por resultar dos nove milhões de euros encaixados pelo Guimarães com a venda, para o Man United, de Bebé, jovem avançado que não chegou a fazer um único jogo oficial pelos vimaranenses.
Os mais activos no mercado, a exemplo do que já se verifica há vários anos na Liga portuguesa, continuam a ser o SL Benfica e o FC Porto. Ambos realizaram bons negócios, mas acabaram por vender jogadores importantes abaixo dos valores estipulados nas respectivas cláusulas de rescisão, como aconteceu com Di María, Ramires, Bruno Alves e, mais recentemente, Raul Meireles. Isso acaba por reflectir também a crise internacional, que fez com que houvesse menos dinheiro a circular também no futebol.
Há um ano, por esta altura, já se tinham gasto 700 milhões no mercado europeu de transferências (só o Real Madrid e o Barcelona investiram então cerca de 315 milhões de euros). Esta temporada, sem contar com os negócios de última hora, gastaram-se menos de 400 milhões.
É também a reacção a um estudo recente elaborada pela empresa de consultadoria AT Kearney, segundo o qual as grandes ligas europeias estão em risco de falência (a espanhola foi a que teve menor rentabilidade, com 257 milhões de euros de prejuízo).
A conclusão resulta da análise aos clubes que competem nas cinco principais ligas da Europa, que registaram resultados negativos na ordem dos 566 milhões de euros na época de 2009-10.
Portugal continua assim a impor a sua estratégia, imposta pelos clubes mais significativos. Ressalvo aqui a importância que teve e têm a política do FC Porto, que sempre capitalizou muito bem os seus activos sem que houvesse ou haja um comprometimento da actividade desportiva, essa sim responsável pela valorização da "mercadoria". Neste capítulo, está reconhecido o bom trabalho da SAD e das Relações Externas do FC Porto.

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