École Française



Nasci no Porto numa zona chamada de pasteleira. Outrora uma zona pouco recomendada sendo, hoje em dia cercada por condomínios de luxo.


Mantenho lá as minhas raízes e os meus parentes mais próximos, motivo pelo qual me desloco todos os dias aquela zona da cidade, ora para deixar os meus filhos, ora para visitar a família.


No período escolar atravessar a rua onde se situa a Escola Francesa é um autêntico pandemónio. Desde os funcionários da escola que ocupam sem licença nenhuma o estacionamento, colocando pilaretes de modo a que ninguém possa estacionar no local, até aos pais que sem pejo nenhum estacionam em primeira, segunda e terceira fila desrespeitando todos os que passam por ali todos os dias e criando sérias dificuldades aos autocarros que por ali desesperam para passar. Curioso é o facto de nunca ter visto um polícia naquela zona a multar quem quer que seja. Quero crer que talvez, talvez seja por não saberem falar francês, motivo pelo qual preferem andar 500 metros para a frente e junto a uma area comercial as multas surgirem em catadupa.


Entretanto ontem à noite quando por ali passava, dei-me conta que a estrada que passa em frente à escola tinha sido pintada, deixando agora espaço para os carros estacionarem, encurtando assim a estrada que já dela não é larga e pintaram uma série de passadeiras todas de um branco muito florescente com umas luzinhas que piscam incessantemente alertanto os automobilistas que por ali passam. Dei comigo a pensar como o pelouro do trânsito da Câmara Municipal do Porto anda muito atento e activo preocupando-se com as crianças que frequentam a "Escola Francesa". Pena tenho eu que o mesmo pelouro se tenha esquecido de fazer o mesmo a uma escola pública que fica à distancia de 300 metros da "Escola Francesa". Pintarem as passadeiras junto à escola primária da Pasteleira não é necessário, colocarem as ditas luzinhas nas passadeiras e placas a identificarem que existe ali uma passadeira e uma escola também não acho necessário, mas vá lá pelo menos deveriam ter reservado um local para as camionetas puderem parar em segurança para deixarem as crianças que todos os dias se deslocam a pé do bairro até à sua escola sem terem uma passadeira com luzinhas para atravessarem. Presumo que esta distração se deva ao facto de na escola da pasteleira só se falar Português.

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